No último debate sobre o estado da nação, dois temas chamaram especialmente a minha atenção.
Um deles, traduziu-se na garantia dada pelo Primeiro Ministro de que não haveria revisão constitucional, com vista a possibilitar o despedimento individual por motivos políticos ou ideológicos.
No mínimo, o simples aparecimento deste tema no debate político, pressupõe existir um caminho já percorrido, cujas sementes começam a germinar e a abrir espaço à ousadia saudosista e reacionária.
Até aqui nada de novo, há muito se vem sentindo que o terreno tem vindo a ser aplanado pela indiferença, quando não, pela cumplicidade de uma certa esquerda hipotecada.
Preparem-se concidadãos para mais tarde ou mais cedo, talvez mais cedo do que tarde, verem instituído e legalizado o despedimentpo por motivos políticos ou ideológicos, porventura pela mão dos infiéis filhos do Partido Socialista, degenerescência que teve o seu início no preciso momento em que julgaram útil adjectivar de democrático os princípios e ideais do socialismo do seu fundamento.
A natalidade foi o outro tema abordado pelo primeiro ministro que, sem rogo, avança com o anúncio de medidas ditas de carácter social, normalmente apresentadas por governos de direita, mas que ficam bem a este governo, pois dela não difere muito, que paradoxalmente contrariam de certa forma o recente resultado do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.
Dir-se-á que uma coisa não impede a outra, com o que de certa forma concordo, não deixando no entanto de olhar esta questão da natalidade e a necessidade da alteração do estado actual das coisas, numa perspectiva que vai muito para além do desdém perante o sublime desejo de procriar.
Não há prestação social ou preestações sociais que consigam fazer atenuar a dureza e a angústia daqueles que estão no desemprego e, certamente, ninguém no seu juízo perfeito e na situação de trabalho percário tem vontade de fazer filhos.
Resolvidos estas questões e outras associadas ao nascimento de cada filho, é o carácter, a dignidade e especialmente o direito à felicidade que resolverá o problema da natalidade.
Se não sabem ou não querem mais, não insultem as mulheres, as porcas compram-se e vendem-se nas feiras.
È neste quadro de aberrantes legitimidades, que Alberto João Jardim diz do alto da sua omnipotente justiça, à margem do País que lhe dá de comer e que ele espolia, na Madeira não se faz interrupção voluntária da gravidez.
As autoridades da República, a começar pelo mais alto magistrado da Nação, aconselham por uma lado a que as mulheres madeirenses venham parir ao continente, não dizem contudo quem paga as despesas, por outro, que recorram aos tribunais para exigirem o cumprimentos dos seus direitos.
Num estado de direito onde é suposto que as leis são para cumprir, é sempre possível que um louco qualquer entenda que isto não é nada com ele, mas somos todos loucos ou descendemos de pilatos?
Um deles, traduziu-se na garantia dada pelo Primeiro Ministro de que não haveria revisão constitucional, com vista a possibilitar o despedimento individual por motivos políticos ou ideológicos.
No mínimo, o simples aparecimento deste tema no debate político, pressupõe existir um caminho já percorrido, cujas sementes começam a germinar e a abrir espaço à ousadia saudosista e reacionária.
Até aqui nada de novo, há muito se vem sentindo que o terreno tem vindo a ser aplanado pela indiferença, quando não, pela cumplicidade de uma certa esquerda hipotecada.
Preparem-se concidadãos para mais tarde ou mais cedo, talvez mais cedo do que tarde, verem instituído e legalizado o despedimentpo por motivos políticos ou ideológicos, porventura pela mão dos infiéis filhos do Partido Socialista, degenerescência que teve o seu início no preciso momento em que julgaram útil adjectivar de democrático os princípios e ideais do socialismo do seu fundamento.
A natalidade foi o outro tema abordado pelo primeiro ministro que, sem rogo, avança com o anúncio de medidas ditas de carácter social, normalmente apresentadas por governos de direita, mas que ficam bem a este governo, pois dela não difere muito, que paradoxalmente contrariam de certa forma o recente resultado do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez.
Dir-se-á que uma coisa não impede a outra, com o que de certa forma concordo, não deixando no entanto de olhar esta questão da natalidade e a necessidade da alteração do estado actual das coisas, numa perspectiva que vai muito para além do desdém perante o sublime desejo de procriar.
Não há prestação social ou preestações sociais que consigam fazer atenuar a dureza e a angústia daqueles que estão no desemprego e, certamente, ninguém no seu juízo perfeito e na situação de trabalho percário tem vontade de fazer filhos.
Resolvidos estas questões e outras associadas ao nascimento de cada filho, é o carácter, a dignidade e especialmente o direito à felicidade que resolverá o problema da natalidade.
Se não sabem ou não querem mais, não insultem as mulheres, as porcas compram-se e vendem-se nas feiras.
È neste quadro de aberrantes legitimidades, que Alberto João Jardim diz do alto da sua omnipotente justiça, à margem do País que lhe dá de comer e que ele espolia, na Madeira não se faz interrupção voluntária da gravidez.
As autoridades da República, a começar pelo mais alto magistrado da Nação, aconselham por uma lado a que as mulheres madeirenses venham parir ao continente, não dizem contudo quem paga as despesas, por outro, que recorram aos tribunais para exigirem o cumprimentos dos seus direitos.
Num estado de direito onde é suposto que as leis são para cumprir, é sempre possível que um louco qualquer entenda que isto não é nada com ele, mas somos todos loucos ou descendemos de pilatos?