quarta-feira, julho 18, 2007

Eleições Autarquicas em Lisboa

É hoje evidente que o voto já não é a arma do povo, disso já se terão apercebido os Lisboetas que se decidiram pela abstenção.
Tal como se nos apresenta o panorama político português, torna-se urgente provocar a ruptura com esta politica do desleixo e partir-se para uma efectiva revolução nas mentalidades.
Cerca de 400 mil eleitores Lisboetas decidiram conscientemente não ir a votos.
Esta manifestação de cidadania deveria servir para que o resto do país, obviamente muito menos politizado do que as gentes da capital, ponderasse no sentido politico que teremos necessariamente que escolher, sob pena de paulatinamente fazermos um rápido regresso ao tempo do estado novo.
Um Presidente da capital do país ser eleito com cerca de 10% dos votos dos cidadãos recenseados, reflecte um tal estado de indiferença para com a coisa pública, que se pode afirmar sem cerimónia que o funcionamento das instituições é já ilegitimo.
Disse Jorge Coelho no programa Quadratura do Circulo da Sic Notícias que o episódio dos autocarros enviados a Lisboa para a festa da vitória e da substituição foi um momento de infelicidade.
Compreendo e conheço bem o seu tique de toureiro partidário, mas não se tratou de uma infelicidade, tratou-se de uma atitude contra a opção dos cidadãos de Lisboa, com todos os condimentos de um gesto anti democráti com roupagens de afrontamento reacionário.
Com esta mobilização tão pronta e tão especial, o Sócrates que se cuide, pois um dia acordará a pensar que é primeiro ministro, mas já não é, graças à acção de um grupo de excursionistas vindo da terra dos pardaus em demanda da capital.
Já só falta oferecerem as sapatilhas como no tempo da outra senhora.
Esqueçamos os excursionistas de Cabeceiras para não corarmos de vergonha e lembremo-nos da posição dos Lisboetas, apesar de serem os mais bem pagos do País.

PS. O Presidente do PSD disse em entrevista televisiva, nomeando alguns combates que parece tem vindo atravar com o governo, embora sem que nos apercebamos de tal façanha, que é preciso fazer isto na área da educação, aquilo na saúde, aqueloutro ns justiça, etc..
Das duas um: ou é parvo ou quer que nós o sejamos. Onde é que ele esteve até há dois anos atraz? Que fez ele? Porque grita agora?