SACRIFICADOS...
Um julgamento apressado, pode condicionar a descoberta das verdadeiras razões que parecem encaminhar José Sócrates e o Partido Socialista para uma possível hecatombe no nosso panorama político. Quem diria?!...
À primeira abordagem, sentimos natural apetência para uma conclusão que se resume à análise restritiva destes últimos quatro meses de governação.
Os problemas que condicionam este governo de Sócrates e todos aqueles que o antecederam e, por via da regra, os que lhe hão-de suceder, expõem um conjunto de incapacidades que, a dado momento da legislatura, põe a nu uma estratégia não inovadora que castiga as classes mais dependentes da população, levada até aos limites do suportável.
A estratégia, abre falência, quando acaba o filão exploratório dos recursos dos fracos e os governos se confrontam com o fim de linha deste único poder de que dispõem.
Daqui para a frente, ou melhor, daqui para cima, nenhum governo ousou, até hoje, discutir o soberano poder económico, cimentado ao longo dos anos pela escandalosa dependência e subalternização do poder político.
Aquilo a que temos assistido, durante dois anos e meio/três da legislatura, compreende a expectativa natural de quem elegeu e o pernicioso deleite e alheamento de quem foi eleito, período a que costumamos chamar de estado de graça e que, ironicamente, é aproveitado com toda a doçura política, para desancar em gente desarmada.
Os eleitos, comportam-se como figurantes cinzentões, que olham o chefe em função da segurança das suas expectativas e no convencimento fatal de que ele se encarregará de tornar seguro este casamento de conveniência.
Esta procissão de seguidores, indefectíveis e pasmados, só entendem a linguagem da obediência e do servilismo ao chefe, conquanto lhes seja garantido o lugar, têm conduzido o país a um deserto de ideias, por não ousarem fazer o que lhes compete e evitar que quem os comanda se transforme num enorme eucalipto.
Ninguém ouse…, ninguém diga… ninguém fale…, deixem que os chefes, na sua suprema sabedoria, conduzam o rebanho a toques suaves ou a coice, tanto faz, em direcção ao bebedouro público.
Para que o futuro se aclare um pouco nas nossas complicadas mentes, recordo aqui um cenário, que já todos conhecemos de cor e salteado, tal é o embuste estratégico que nos têm servido com inaudível dedicação desde há muito, mas com memória.
Imagine-se que o Partido Socialista ganha as próximas legislativas com maioria simples. Um ano e meio ou dois depois, estamos de novo a ser chamados a votos, já que o Presidente da República dissolverá o parlamento.
Num cenário destes, de resto, estampado na maçuda literatura do livro “O CENTRÃO”, teremos a velha e conhecida alternância, cuja receita só muda a cor do açúcar. Volta tudo à estaca zero.
Seguidamente, as cenas do novo capítulo, mostrar-nos-ão os novos comensais a atropelarem-se para conseguirem um lugar sentado, posição que só abandonarão para aplaudirem de pé a nova mestre-de-cerimónias.
Na linha de partida estão todos com cotoveleiras de aço, para garantirem que chegam inteiros ao reino dos sacrificados, pese embora, já saibam que cordeiros matar.
É neste cenário de promiscuidade política que se discutem as regras que se alteram a meio do jogo, como sejam as candidaturas simultâneas às Câmaras e ao Parlamento, feitas à custa de sacrifícios pessoais e de abnegação partidária, sendo certo, pelos vistos, que os promitentes perdedores nas candidaturas municipais, dão como garantido à partida o seu lugarzinho na lista de deputados. Assim está bem, não há direito a prejudicar?... seja quem for. Ainda bem que o José Lello.. & muita Cª… não são candidatos às autárquicas…
Bastam-nos os Ruas, os Almeidas, os Machados, os Reis, os Soares, os Mouras, os Loureiros, as Damascenos, os Melos, os Motas e os que para lá caminham…, para nos garantirem o gozo do verdadeiro espírito democrático, até ao dia do dilúvio, a hora da partida destes baluartes do regime.
Para trás, fica a terra árida e seca. Salve-se a celulose.
À primeira abordagem, sentimos natural apetência para uma conclusão que se resume à análise restritiva destes últimos quatro meses de governação.
Os problemas que condicionam este governo de Sócrates e todos aqueles que o antecederam e, por via da regra, os que lhe hão-de suceder, expõem um conjunto de incapacidades que, a dado momento da legislatura, põe a nu uma estratégia não inovadora que castiga as classes mais dependentes da população, levada até aos limites do suportável.
A estratégia, abre falência, quando acaba o filão exploratório dos recursos dos fracos e os governos se confrontam com o fim de linha deste único poder de que dispõem.
Daqui para a frente, ou melhor, daqui para cima, nenhum governo ousou, até hoje, discutir o soberano poder económico, cimentado ao longo dos anos pela escandalosa dependência e subalternização do poder político.
Aquilo a que temos assistido, durante dois anos e meio/três da legislatura, compreende a expectativa natural de quem elegeu e o pernicioso deleite e alheamento de quem foi eleito, período a que costumamos chamar de estado de graça e que, ironicamente, é aproveitado com toda a doçura política, para desancar em gente desarmada.
Os eleitos, comportam-se como figurantes cinzentões, que olham o chefe em função da segurança das suas expectativas e no convencimento fatal de que ele se encarregará de tornar seguro este casamento de conveniência.
Esta procissão de seguidores, indefectíveis e pasmados, só entendem a linguagem da obediência e do servilismo ao chefe, conquanto lhes seja garantido o lugar, têm conduzido o país a um deserto de ideias, por não ousarem fazer o que lhes compete e evitar que quem os comanda se transforme num enorme eucalipto.
Ninguém ouse…, ninguém diga… ninguém fale…, deixem que os chefes, na sua suprema sabedoria, conduzam o rebanho a toques suaves ou a coice, tanto faz, em direcção ao bebedouro público.
Para que o futuro se aclare um pouco nas nossas complicadas mentes, recordo aqui um cenário, que já todos conhecemos de cor e salteado, tal é o embuste estratégico que nos têm servido com inaudível dedicação desde há muito, mas com memória.
Imagine-se que o Partido Socialista ganha as próximas legislativas com maioria simples. Um ano e meio ou dois depois, estamos de novo a ser chamados a votos, já que o Presidente da República dissolverá o parlamento.
Num cenário destes, de resto, estampado na maçuda literatura do livro “O CENTRÃO”, teremos a velha e conhecida alternância, cuja receita só muda a cor do açúcar. Volta tudo à estaca zero.
Seguidamente, as cenas do novo capítulo, mostrar-nos-ão os novos comensais a atropelarem-se para conseguirem um lugar sentado, posição que só abandonarão para aplaudirem de pé a nova mestre-de-cerimónias.
Na linha de partida estão todos com cotoveleiras de aço, para garantirem que chegam inteiros ao reino dos sacrificados, pese embora, já saibam que cordeiros matar.
É neste cenário de promiscuidade política que se discutem as regras que se alteram a meio do jogo, como sejam as candidaturas simultâneas às Câmaras e ao Parlamento, feitas à custa de sacrifícios pessoais e de abnegação partidária, sendo certo, pelos vistos, que os promitentes perdedores nas candidaturas municipais, dão como garantido à partida o seu lugarzinho na lista de deputados. Assim está bem, não há direito a prejudicar?... seja quem for. Ainda bem que o José Lello.. & muita Cª… não são candidatos às autárquicas…
Bastam-nos os Ruas, os Almeidas, os Machados, os Reis, os Soares, os Mouras, os Loureiros, as Damascenos, os Melos, os Motas e os que para lá caminham…, para nos garantirem o gozo do verdadeiro espírito democrático, até ao dia do dilúvio, a hora da partida destes baluartes do regime.
Para trás, fica a terra árida e seca. Salve-se a celulose.
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