segunda-feira, março 17, 2008

DÓI, DÓI, DÓI...

Neste País, o governo discute se o aeroporto deve ser na Ota ou em Alcochete, se a nova ponte deve partir do Beato ou de Chelas, se o TGV pára em Aveiro ou Leiria…
Entretanto, o Serviço Nacional de Saúde vive um autêntico caos, sobrando aos olhos de todos, um negócio sem limites e um cartel de interesses que descura a qualidade e a competência, na proporcionalidade da ganância do lucro fácil à custa essencialmente daqueles que menos têm.
O Presidente da Câmara de Faro decidiu largar de mão duas ou três rotundas e enviar a Cuba centena e meia de algarvios, para serem submetidos a intervenções cirúrgicas da especialidade de oftalmologia.
Saúdo a iniciativa, que é bem o exemplo de um esforço solidário que nos mostra como se pode ser diferente nos gastos dos dinheiros públicos.
Para que nos servem as rotundas, os pavilhões, as piscinas, os jardins, se somos capazes de conviver diariamente com o sentimento de insegurança de uma população que não tem acesso aos mais básicos e elementares direitos de cidadania, a SAÚDE?.