AJOELHADOS
Os portugueses, pese embora já serem chamados de burros, sabem que não há alternativa credível quanto às políticas internas, daí continuarem a dar a Sócrates e ao PS vitória em hipotéticas eleições legislativas.
Sócrates está com dificuldades maiores do que Filipe Menezes em fugir à palavra dada, já que, sendo ambos aldrabões um está no poder e o outro procura-o.
O convertido Vital Moreira, voz oficiosa do PS para questões pouco claras, provou, gostou e ficou a fazer parte da pleia de atachados que comem à mesa do orçamento, já veio a público com solução milagrosa para resolver a falta de ética e de vergonha do Partido Socialista.
Não se referenda o Tratado de Lisboa conforme prometido, mas, faz-se um referendo e pergunta-se ao povo se quer sair da União Europeia.
É evidente o aspecto sujo da pergunta e qual a intenção. Castigado o povo sucessivamente com o papão do descalabro do país, do aliciamento com dinheiros fáceis, do isolamento a que ficaremos votados se abandonar-mos a União Europeia, é mais fácil conseguir o desejado SI M e tudo fica resolvido.
Para além da nossa periferia, quanto a sermos europeus só se for carne para canhão.
A acrescer a tudo isto, temos agora um tal Filipe Menezes, presidente do PSD, que manda às malvas compromissos assumidos em nome do partido que agora dirige e prepara-se para lançar fertilizante no tal CENTRÃO, alinhando afinal pela demagogia mais primária (só para fazer diferente) e prepara-se também para negar o referendo que o seu partido assumiu.
Somos um país de grandes desigualdades e, para quase tudo, somos o carro vassoura da União, salvaguardados os aspectos que não interessam a ninguém, de entre os quais se destaca uma eficaz gestão da pobreza.
Para gerir os piores indicadores da União, serve qualquer badamecas.