domingo, dezembro 14, 2008

TODOS A MONTE E FÉ EM DEUS...

Como é difícil ser padre numa freguesia destas!...
José Sócrates avançou com um conjunto de medidas, disponibilizando uma verba considerável para incentivar a criação e manutenção do emprego, bem como, ajudar as pequenas e médias empresas a enfrentarem com menores sobrecargas este desconchavo mundial para o qual um conjunto vasto de cidadãos especialistas em fraude nos atiraram.
Importa fiscalizar a sua aplicação, d’outro modo o dinheiro chega ao sítio do costume, os bolsos de alguns.
Perante um quadro de absoluta catástrofe e, jogando com a circunstância de 2009 ser ano de eleições, importantes corporações profissionais, fazem questão de baixar ao nível ao qual afinal pertencem, para colocarem o governo perante reivindicações que, pelo seu absurdo quanto à oportunidade e conteúdo, deixa essa grande fatia de portugueses que sentem especiais dificuldades em sobreviver, invadidos por uma sensação de traição face ao despropósito das exigências de professores, médicos e magistrados do ministério público.
Qualquer destas classes tem pouca legitimidade, para não dizer nenhuma, para exigir do governo que lhe satisfaça as suas desmesuradas ambições de privilégio e, merecem, da parte da população o maior repúdio, face às dificuldades que todos sentimos neste momento difícil e que, as atitudes corporativas que representam, manifestamente ignoram.
Mais, há reconhecidamente desempenhos que roçam por vezes a falta de ética profissional, o desleixo e incúria no exercício daquelas actividades, pondo-se em causa a prestação de serviços públicos essenciais e bem pagos pelos contribuintes, que, em retorno não são tratados com cidadãos com direitos.
São absolutamente despropositadas e insultuosas estas principescas exigências num país de carências múltiplas, tanto mais que, basta olhá-los e olhar os seus sinais exteriores de riqueza para percebermos a prosperidade dos respectivos negócios.
Que ensino temos? Que saúde temos? Quem são os principais coveiros do SN Saúde? Que justiça temos? Quem é que não administra a justiça?