quarta-feira, outubro 22, 2008

AJUDAS PARA O POVO

Neste momento de crise que assola o País e que penaliza sobretudo quem mais precisa, é consolador sentir as preocupações de governantes e personalidades várias, quanto às soluções a adoptar para aliviar os seus malefícios.
Estranha-se, portanto, que a ERSE (Entidade Reguladora do Sector Energético), com a necessária cobertura governamental, avance já para 2009 com um agravamento das despesas da electricidade, que resultam, segundo dizem, do facto de os consumidores não pagarem a respectiva factura de acordo com os custos de produção.
Pelo que se ouve e lê, a dívida dos portugueses à EDP é de 2013 milhões de euros.
Até podemos aceitar esta teoria, porém, é de todo conveniente uma explicação cabal e clara aos consumidores, tendo em linha de conta que, segundo notícias da imprensa, a EDP teve no primeiro semestre de 2008 um lucro líquido de cerca de 650 milhões de euros.
Eu sei que é preciso considerar os lucros devidos aqueles que nela investem, para além de termos que nos convencer que Portugal pode sobreviver com trabalhadores com salários miseráveis, mas, Senhor, os gestores têm que ser dos melhores e dos mais bem pagos da europa.
Com ajudas destas, o povo mata a crise. Ou será a crise que mata o povo?