segunda-feira, abril 06, 2009

FREEPORT

Mais um caso que anda nas bocas do mundo e que não é mais do que a face visível de uma estratégia iniciada ainda na era Ferro Rodrigues.
Quando Ferro Rodrigues se aprestava para ganhar as legislativas, houve, como todos nos recordamos, aquele golpe de misericórdia patrocinado por Jorge Sampaio que decididamente o impediu de chegar a Primeiro-Ministro.
Perfilou-se José Sócrates e com ele a expectativa de que chegaria facilmente o Chefe do Governo que, de certa forma, dava satisfação e garantias aqueles que sempre foram os verdadeiros detentores do poder.
Passados que estão cerca de três anos e meio de mandato, é de apreensão fácil que José Sócrates foi muito para além daquilo que, em princípio, lhe era permitido, no conceito daqueles que não aceitam debilidades na sua (deles) influência.
José Sócrates chegou e disse: quem manda sou eu.
Daí ter acontecido, sob uma forma como nunca se havia colocado noutros momentos de poder do Partido Socialista, e que reside no facto de José Sócrates ter imprimido uma dinâmica de poder que plantou Socialistas em tudo quanto mexe por esse País fora.
É aqui que está o nó górdio de toda a movimentação instalada no País e que visa essencialmente abater o político e Primeiro-Ministro.
Não sei se é culpado ou não, mas, do mesmo modo que posso aceitar qualquer resultado perante factos vindouros, é-me lícito, julgo, presumir que todo este Carnaval fora de época pode muito bem ser obra daqueles desconhecidos e conhecidos a quem Sócrates ostensivamente desobedeceu, isto, apesar dos maus sinais por ele dados em relação ao BCP, BPN e BPP.
Por falar no BPN não estaremos perante uma tentativa de impedir a justiça? de chegar a todos os implicados nesta mega fraude? Quem são eles e que tem isto a ver com estes ataques a José Sócrates? Será que se pretende que uma mão lava a outra?
Estamos perante uma tentativa desesperada de podres e obscuros poderes, que procuram ganhar terreno fora da pista, ainda que para tal tenham que socorrer-se de certos amigos do reino de Sua Majestade.
Nada está provado ou, porventura, ninguém quer provar nada, ou pior, nada há para provar!?...
Temos um Ministério Público em roda livre, desastrado e incompetente, quiçá, propositadamente desastrado e incompetente.
Magistrados do MP a dizerem-se não pressionáveis, mas a afirmarem terem sido pressionados. Então, para que pare de uma vez por todas este diz-se..diz-se.. no Ministério Público, ponha-se o nome aos bois. D’outra forma estamos perante mais uma peça encenada a juntar-se a outras tantas, que mais não visam do que aniquilar politicamente o Primeiro-Ministro.
Pergunto a todos: o que vem a seguir?