CONDENADOS
A OCDE e a agora a UE fazem questão de avisar os portugueses que, daqui a 20 anos, as pensões de reforma serão o equivalente a cerca de 50% do último salário.
Só estranha quem quiser, pois que este futuro que nos está reservado, é a consequência natural de uma estratégia prosseguida, rumo a um país com um número de pobres em crescendo e de há muito meticulosamente estabelecida, isto independentemente do maior ou menor rigor das previsões daquelas organizações e da opinião do ministro, as diferenças não serão substanciais.
Recordo-me da promessa de revogação das leis da Segurança Social e do Código de Trabalho, da autoria do então ministro Bagão Félix. Promessas.
Nós é que não percebemos nada de nada, porque o que nos quiseram dizer em 2005, é que a muitos de vós estará reservado um futuro de infinitas dificuldades, em nome de uma maior distribuição da pobreza. (Quem espera uma melhor distribuição da riqueza?). Os tolos!... e também há os espertos!...
É um país dual, que acrescentará em número, os pobres que viverão do complemento social para idosos (se ainda existir), enquanto se vai mascarando diariamente o assalto garantido e seguro aos dinheiros públicos, a par do mais impune circuito de corrupção, que o poder político e a justiça não querem controlar nem punir.
Assistimos incrédulos a manifestações de inoperância policial e judicial, que mais se assemelha a um propósito de cobertura de actos ilícitos, sempre praticados por gente que se movimenta bem nos areópagos políticos e económicos.
O Conselho Superior do Ministério Público, entendeu, passados que foram longos oito anos, sobre o início da investigação ao Presidente da Câmara de Braga e que redundou em arquivamento por falta de provas, supostamente para averiguar a licitude do enriquecimento do autarca, inquirir das razões que levaram a PJ e o Ministério Público de Braga, a não fazer qualquer diligência durante quatro anos. Outra vez?...
Para alguns, ser pobre não é uma condição definitiva, algures no caminho do sacrifício que a politica impõe, há sempre um momento para jogar no euro milhões e ser premiado.
Neste País é muito difícil saber quem é rico e quem é pobre, especialmente a forma como se chega à fortuna, porque à nascença estamos todos nus.
Segundo notícias da imprensa, o empresário Domingos Névoa terá brindado a filha do presidente com uma prenda de casamento de 100 mil euros… segundo terá dito a feliz contemplada quando respondeu em inquérito.
Provavelmente, estes 100 mil faziam parte daquele pacote que se destinavam a pagar favores ao José Sá Fernandes, afinal um favor que, embora corrupto, ditaram os juízes da Boa Hora, ser para acto lícito. Já ouvi um distinto politico esclarecer que este acto é lícito porque se assemelha ao pagamento duma gorjeta a um qualquer funcionário para que este disponibilize mais depressa uma (por exemplo) certidão. Que bela certidão, que belo politico e que bela justiça!...
Ninguém mexe… deixemos assentar a poeira, e entretanto, o Dr. Silva Lopes vai largando umas bojardas como o congelamento de salários, substituindo muito bem o regulador desta nobre causa, de nome Victor Constâncio, de momento em retiro espiritual, também ele à espera que a trovoada passe.
Por sua vez, o Dr. Medina Carreira dá-nos uma novidade de última hora. Definitivamente não há solução para os problemas do País. Vale o que vale, mas a esta conclusão já cheguei e expressei há muito tempo…
Como convém, fazemos de conta que castigamos Oliveira e Costa, ex presidente do BPN, e mantemo-lo em prisão preventiva, em hotel de 4 estrelas obviamente, sem perdermos de vista e judicialmente falando, que ao fim de 40 anos de casamento, este rapaz bem apessoado divorciou-se e num gesto magnânimo deu todos os seus bens à agora sua ex. Louvável… dirão os que se fazem ou são mesmo lorpas.
A saga BPN ainda não chegou ao fim e os contribuintes já lá depositaram segundo consta 2.500 milhões de euros que, segundo se percebe, parece que não chegam!…
Afinal Oliveira e Costa fez este estrago todo sozinho? Quem é que acredita nisto? Quantos deveriam estar na prisão? Quem são eles? A que partidos ou grupos pertencem?
E o caso BPP, que no dia da despedida do seu ex presidente, de sua graça, Júlio Rendeiro, resolveu dar à estampa um livro de sua autoria, provavelmente convencido de que, naquela onda, poderia ainda fazer um bom negócio.
Diz-se que as ilegalidades já chegam às alturas do cume da serra da estrela, mas, entretanto os habilidosos parece que continuam imunes, e imagine-se, vivem luxuosa e faustosamente instalados em moradias que, por acaso, pertencem a sociedades estrangeiras e estão cobertas pela legislação fiscal dos países onde estão sedeadas. Ninguém lhes chega, mas…, em boa verdade, é porventura conveniente não fazer ondas…
A acrescer a esta circunstância particular, estes cidadãos exemplares e patriotas, conseguiram que o estado português desse o seu aval para um empréstimo bancário de 450 milhões ao BPP. Não tenham tanta certeza se isto fica por aqui!...
É a história da manta curta. Puxa-se para a cabeça, destapam-se os pés e vice versa.
É caso para dizer: já que passas fome, aguenta-te também com o frio. Não há manta para ti.
Democrática e modernamente falando, chama-se a isto COESÃO SOCIAL.
Verguemo-nos perante a magnitude da esmola.
Só estranha quem quiser, pois que este futuro que nos está reservado, é a consequência natural de uma estratégia prosseguida, rumo a um país com um número de pobres em crescendo e de há muito meticulosamente estabelecida, isto independentemente do maior ou menor rigor das previsões daquelas organizações e da opinião do ministro, as diferenças não serão substanciais.
Recordo-me da promessa de revogação das leis da Segurança Social e do Código de Trabalho, da autoria do então ministro Bagão Félix. Promessas.
Nós é que não percebemos nada de nada, porque o que nos quiseram dizer em 2005, é que a muitos de vós estará reservado um futuro de infinitas dificuldades, em nome de uma maior distribuição da pobreza. (Quem espera uma melhor distribuição da riqueza?). Os tolos!... e também há os espertos!...
É um país dual, que acrescentará em número, os pobres que viverão do complemento social para idosos (se ainda existir), enquanto se vai mascarando diariamente o assalto garantido e seguro aos dinheiros públicos, a par do mais impune circuito de corrupção, que o poder político e a justiça não querem controlar nem punir.
Assistimos incrédulos a manifestações de inoperância policial e judicial, que mais se assemelha a um propósito de cobertura de actos ilícitos, sempre praticados por gente que se movimenta bem nos areópagos políticos e económicos.
O Conselho Superior do Ministério Público, entendeu, passados que foram longos oito anos, sobre o início da investigação ao Presidente da Câmara de Braga e que redundou em arquivamento por falta de provas, supostamente para averiguar a licitude do enriquecimento do autarca, inquirir das razões que levaram a PJ e o Ministério Público de Braga, a não fazer qualquer diligência durante quatro anos. Outra vez?...
Para alguns, ser pobre não é uma condição definitiva, algures no caminho do sacrifício que a politica impõe, há sempre um momento para jogar no euro milhões e ser premiado.
Neste País é muito difícil saber quem é rico e quem é pobre, especialmente a forma como se chega à fortuna, porque à nascença estamos todos nus.
Segundo notícias da imprensa, o empresário Domingos Névoa terá brindado a filha do presidente com uma prenda de casamento de 100 mil euros… segundo terá dito a feliz contemplada quando respondeu em inquérito.
Provavelmente, estes 100 mil faziam parte daquele pacote que se destinavam a pagar favores ao José Sá Fernandes, afinal um favor que, embora corrupto, ditaram os juízes da Boa Hora, ser para acto lícito. Já ouvi um distinto politico esclarecer que este acto é lícito porque se assemelha ao pagamento duma gorjeta a um qualquer funcionário para que este disponibilize mais depressa uma (por exemplo) certidão. Que bela certidão, que belo politico e que bela justiça!...
Ninguém mexe… deixemos assentar a poeira, e entretanto, o Dr. Silva Lopes vai largando umas bojardas como o congelamento de salários, substituindo muito bem o regulador desta nobre causa, de nome Victor Constâncio, de momento em retiro espiritual, também ele à espera que a trovoada passe.
Por sua vez, o Dr. Medina Carreira dá-nos uma novidade de última hora. Definitivamente não há solução para os problemas do País. Vale o que vale, mas a esta conclusão já cheguei e expressei há muito tempo…
Como convém, fazemos de conta que castigamos Oliveira e Costa, ex presidente do BPN, e mantemo-lo em prisão preventiva, em hotel de 4 estrelas obviamente, sem perdermos de vista e judicialmente falando, que ao fim de 40 anos de casamento, este rapaz bem apessoado divorciou-se e num gesto magnânimo deu todos os seus bens à agora sua ex. Louvável… dirão os que se fazem ou são mesmo lorpas.
A saga BPN ainda não chegou ao fim e os contribuintes já lá depositaram segundo consta 2.500 milhões de euros que, segundo se percebe, parece que não chegam!…
Afinal Oliveira e Costa fez este estrago todo sozinho? Quem é que acredita nisto? Quantos deveriam estar na prisão? Quem são eles? A que partidos ou grupos pertencem?
E o caso BPP, que no dia da despedida do seu ex presidente, de sua graça, Júlio Rendeiro, resolveu dar à estampa um livro de sua autoria, provavelmente convencido de que, naquela onda, poderia ainda fazer um bom negócio.
Diz-se que as ilegalidades já chegam às alturas do cume da serra da estrela, mas, entretanto os habilidosos parece que continuam imunes, e imagine-se, vivem luxuosa e faustosamente instalados em moradias que, por acaso, pertencem a sociedades estrangeiras e estão cobertas pela legislação fiscal dos países onde estão sedeadas. Ninguém lhes chega, mas…, em boa verdade, é porventura conveniente não fazer ondas…
A acrescer a esta circunstância particular, estes cidadãos exemplares e patriotas, conseguiram que o estado português desse o seu aval para um empréstimo bancário de 450 milhões ao BPP. Não tenham tanta certeza se isto fica por aqui!...
É a história da manta curta. Puxa-se para a cabeça, destapam-se os pés e vice versa.
É caso para dizer: já que passas fome, aguenta-te também com o frio. Não há manta para ti.
Democrática e modernamente falando, chama-se a isto COESÃO SOCIAL.
Verguemo-nos perante a magnitude da esmola.
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